Entra
ano, sai ano, e a vontade de ter disciplina para manter um blog ativo renasce. Mas,
assim como aquela de entrar firme numa academia, essa vontade de ter disciplina
não dobra a primeira segunda-feira de janeiro. E lá se vão as atualizações
diárias. Que aos poucos viram semanais, depois quinzenais, até chegar dezembro
de novo, e a promessa reviver. Dito isso, comecemos com esse blog para o ano de
2012. Espero não me decepcionar o deixando às moscas.
Vitor
Massao – amigo, parceiro, irmão, ídolo, guru - pediu que eu entregasse a ele,
de qualquer forma, o que eu redescobri em 2011 e que levaria para o ano que
está nascendo. Tarefa difícil. Mas achei que faria sentido então que a primeira
postagem do ano, e da vida do blog, fosse sobre isso. Assim eu mato dois
coelhos com uma digitada só. Então, vamos. O que eu redescobri esse ano que
levo para 2012?
Em
2011 eu redescobri que os amigos que fazemos quando somos mais novos serão,
para sempre, a família que a gente escolheu. E que um milhão de amigos mais
novos serão, sempre, um milhão de amigos mais novos. Até outros novos chegarem,
e esses, também, virarem velhos.
Redescobri
que a música é, sem dúvida, o combustível das minhas melhores lembranças. E
trilha sonora perfeita de qualquer caso de amor que merece ser lembrado.
Redescobri que esses mesmos casos de amor nem precisam ser vividos de fato para
serem, de direito, casos de amor inesquecíveis.
Em
2011 eu redescobri que as pessoas querem que você seja igual a elas. Que não
adianta você fingir que não vê isso acontecendo ao seu redor. Mas que, no
fundo, no fundo, amigo, isso pouco importa. O divertido mesmo é a gente ser o
que quisermos ser. E “sinto muito” a quem te quer igual.
Redescobri
o quanto é difícil se reconectar com nossos sonhos. O quanto é doloroso ver que
não estamos indo no caminho que gostaríamos, mas sim naquele que é mais fácil
no momento. Ou, naquele que nos disseram que era mais fácil.
Redescobri
que trabalhar é legal, mas dançar é melhor ainda. Que viver para cumprir prazos
e metas pode ser inspirador, mas uma dúzia de luzes e algumas batidas
eletrônicas é revigorante. Redescobri que eu amo meus amigos, mas que nada
substitui a nossa família. Em 2011 eu redescobri o rádio e a vontade de
escrever sobre coisas para quais eu não recebo um centavo.
Em
2011 eu redescobri gente querida que ficou muito chata. E gente muito chata que
se fez muito querida. Redescobri que o importante não é quem era quem, mas que
esse movimento sempre irá acontecer com as pessoas ao nosso redor. E com a
gente mesmo, só que para os outros.
Em
2011 eu redescobri a vontade de escrever por escrever, sem me importar com
forma, jeito, palavras certas ou erradas. Por isso esse texto nasceu assim, tão
sem cara, mas meu. Só meu.
Nesse
ano eu redescobri a curiosidade. Para mim, que não acredito em inteligência,
mas sim na capacidade de fazer perguntas que temos, essa, com certeza, foi a
maior redescoberta.
Feliz
2000 e sempre.