Li muito na última semana. Ora pode vontade própria, ora por absoluta falta de opção. Na verdade, quem dera se todas as nossas faltas de opções rendessem mais e mais leituras, não é? E quem a gente não precisasse só mover os olhos para querer um livro, ao tédio do teto de casa ou de um hospital.
Sigamos.
Comprei meio que sem querer, no domingo passado, o último romance do Jô Soares – As Esganadas. Sempre tive um pé atrás com o Jô, mas depois de devorar em quinze dias “O Xangô de Baker Street” ano passado (As Esganadas terminei em 6 dias), eu passei a me interessar pelas coisas que ele escreve – e isso não inclui aquelas frases de botequim que sempre são compartilhadas no Facebook. As Esganadas é engraçadinho, divertido, tem umas tiradas bem interessantes, mas das coisas que li do Jô, essa, sem dúvida, é mais fraca. Saí com a sensação de que a história ainda iria começar, e ela já estava terminando. Fora que achei a narrativa muito parecida com “Xangô”. Bastante mesmo. Mas leia, leia. Vale a pena. Só por ter um personagem português (Tobias Esteves) que inspirou Fernando Pessoa a escrever “Tabacaria”, já vale a pena.
Sigamos.
Comprei meio que sem querer, no domingo passado, o último romance do Jô Soares – As Esganadas. Sempre tive um pé atrás com o Jô, mas depois de devorar em quinze dias “O Xangô de Baker Street” ano passado (As Esganadas terminei em 6 dias), eu passei a me interessar pelas coisas que ele escreve – e isso não inclui aquelas frases de botequim que sempre são compartilhadas no Facebook. As Esganadas é engraçadinho, divertido, tem umas tiradas bem interessantes, mas das coisas que li do Jô, essa, sem dúvida, é mais fraca. Saí com a sensação de que a história ainda iria começar, e ela já estava terminando. Fora que achei a narrativa muito parecida com “Xangô”. Bastante mesmo. Mas leia, leia. Vale a pena. Só por ter um personagem português (Tobias Esteves) que inspirou Fernando Pessoa a escrever “Tabacaria”, já vale a pena.
Aí, como já estava com a mão na massa, resolvi revisitar algumas coisas. Há alguns anos, acho que 5 ou 6, eu li um conto chamado “A Estranha Máquina Extraviada” - aqui para ler - e fiquei encantado pelo tema e narrativa (Com Regina e Jane, no Projeto Arrastão, esse texto até serviu pra agradecer doação de impressora hahahaha). Os personagens, o cenário, era tudo tão bonito, que ficou marcado pra mim. A história me lembrou muito minha cidade – Salinas, em Minas Gerais. Fui pesquisar sobre o autor, José J. Veiga, e acabei descobrindo outro texto maravilhoso dele, que também fala sobre a chegada de elementos estranhos à uma realidade – A Usina Atrás dos Morros, de 1959. Esse, infelizmente, não achei o link na internet. Recomendo demais esses dois contos. O segundo, então, é triste demais, mas bem a cara da modernidade que chega arrasando tudo com a desculpa do progresso. (aqui tem uma análise bacana das obras de Veiga).
E ao ler “A Usina Atrás dos Morros” eu acabei me lembrando do Sarau da Roça – Vida no Chão e, consequentemente, do Daniel Fagundes. O conheci em 2008, no Núcleo de Comunicação Maré Alta, e virei fã de seus textos depois que comprei “Lágrima Terra”, que ele publico junto com o André Luiz. Os dois são do NCA – Núcleo de Comunicação Alternativa. Em “Negro Guerra”, Daniel terminou assim seu texto. E isso ficou na minha cabeça.
enquanto as mulheres da nossa quebrada
sonham em brilhar como Antônias!".
E tudo isso pra dizer nada. Só queria escrever mesmo. E dizer que revisitei todos esses livros, só lembrando de um, e pulando pra outro. E depois pra outro, pra outro.
Ler, assim como rir, ainda pode ser o melhor remédio pra muita coisa.