31.3.12

O RESULTADO DO CO-PENSAR

A brincadeira era simples e não requeria prática nem tampouco habilidade: criar um artigo colaborativo usando para isso apenas a minha rede de amigos no Facebook. O nosso "word" seria o espaço de "comentários". E o convite surgiria assim, um depois do outro, um copiando o próximo que iria continuar o artigo. E não é que funcionou? Um pouco de tudo e de todos em 2 mil caracteres.

O artigo saiu no "Cidadania", uma publicação mensal do Grupo de Cidadania Empresarial (CGE) da Fundação Cásper Líbero, com apoio da Gazeta Esportiva.Net e da Agência de Notícias Gazeta Press. Obrigado ao Shima, Fábio e Dorly por dividir essa experiência diferente e única por esse jornal. Tenho certeza disso.

Jornal Cidadania: Fundação Cásper Líbero
Para quem quiser ler o artigo completo é só clicar aqui.
O artigo foi co-construído no Facebook.
Entenda como foi o processo clicando aqui.

20.3.12

O QUE AS CRIANÇAS QUEREM PARA O MUNDO?

De verdade, tem dia que é tão corrido, que mesmo postar no Twitter parece impossível.

Eu sei, essa frase parece impossível, mas é verdade.

Depois de 21 horas acordado, uma recompensa: se divertir, mesmo exausto, fazendo a única que sei.  Mesmo que eu durma em todo o trajeto de volta pra casa pelo trem.

Ontem, 19, o Escola de Notícias - com a participação mais que querida do Jamerson Mancio, o JF Boy, participou da co-construção da rádio interna do Cidade Julia / Frei Tito, organização social da zona SULper. Os adolescentes de lá já tem os equipamentos, só precisavam de insPIRAÇÃO. Acho que a gente contribuiu com isso.
E ela, a inspiração, veio pelo exemplo, pela diversão, pela brincadeira, pelo lúdico. Pois quem tem cara fechada não ensina nada. E aprende menos que isso.

Só para não dizer que não falei das flores, hoje reavivei muito o texto da Maria Eduarda, escrito para a Rádio CBN SP. Musicada pelo Milton Jung, ele foi ao ar no "Mais São Paulo". Quando o escrevi, estava indo encontrar a linda e querida Liz para um café  que nunca se repetiu (#ficaadica). A Maria Eduarda entrou e mudou todo o ambiente do ônibus. Feliz por essa, ainda, mágica do mundo infantil.


E por falar nelas, o It's Noon está querendo saber o que crianças querem para o mundo. Se tu ainda não conhece o It's Noon, então, queridão, se conecte lá que é muito legal. A idéia, genial. E a pergunta, então...puts, não tem nada que continue a rima.


Clique aqui para o It's Noon.

18.3.12

O ÚLTIMO A DORMIR APAGA A LUA

Ali, na Avenida Rebouças, em frente ao HC. Naquele viaduto, na passarela. Onde tem o ponto de ônibus, chegando na Avenida Paulista, sabe?! Aquele lugar, pertinho do Túnel Noite Ilustrada. Passos antes, do lado esquerdo, pra quem sobe. Do direito, pra quem desce. Bem no instante onde nossa paciência começa a ser lenta feito o trânsito avenida abaixo.

Paro.

Outro dia consegui enxergar a frase, até que enfim. Cabeça no banco, sono no rosto, rosto no vidro. E o vidro, xará, no viaduto. Ali, na Avenida Rebouças, em frente ao HC. Naquele viaduto, na passarela. Onde tem o ponto de ônibus, chegando na Paulista, sabe?!

Ela está lá. Inspiradoramente provocante. Pra gente espantar o sono e o tédio. O medo de se perguntar demais, de pensar demais: o que mesmo que a gente faz quando o sol se põe? O que mesmo que a gente faz, quando o nosso sol se põe? Espera? Adormece pro tempo passar mais rápido? Ora, e espera uma providência divina pra ele vir mais rápido que o combinado, que o esperado?

Já tinha visto uma outra, bem forte também. "Em casa de menino de rua, o último a dormir apaga a lua". Pelo que li essa frase estava grafitada em algum lugar da Rua Augusta. A que eu vou contar não. Essa é de outro lugar. Ali, na Avenida Rebouças, em frente ao HC. Naquele viaduto, na passarela. Onde tem o ponto de ônibus, chegando na Avenida Paulista, sabe?!

É lá que quem não tem casa, por escolha própria ou de alguém que pode mais, mora. É a sala de estar, a cozinha e o banheiro dessa pessoa. Banheiro, cara! Banheiro. Parou pra pensar nisso? Aqui na rua de casa, aqui onde eu tenho casa, sala de estar, cozinha e banheiro, como todo mundo deveria ter, o Seu Vagner foi quem optou por ser o responsável oficial de apagar a lua todas as noites. Fez essa escolha consciente, me contou outro dia, em baixo do sereno. Apontou pra publicidade de cerveja num cartaz que o ajudava a se cobrir e disse:

- Isso aí, meu filho, é o que me fez vir parar aqui. Parei de brigar com a minha família há 13 anos, quando troquei minha casa por essa esquina. Aqui, ninguém me dá ordens, ninguém acha que sabe mais de mim do que eu mesmo. (Mesmo que elas estejam realmente certas, pensei).

Ele deixou a família, pois não deixava a bebida. Deixou a casa, a mulher, os filhos. Na rua, deixou as próprias ruas, saindo da zona norte, caminhando por aí até encontrar aqui, na esquina, um lugar. Quantos quilometros será que ele andou?

Aqui, me contou, deixou de beber. De beber, cara! E me disse pra dizer aos meus  amigos pra ter cuidado com isso de beber, sabe?! Ele deixou a família, pois não deixava a bebida. Aí, na rua, deixou a bebida, mas a família, ele me contou, já o havia deixado a essa altura.

Silêncio na Heitor Penteado.
O Seu Vagner está se levantando com calma, dificuldade, puxando a perna e a dor nela com muito cuidado para o mais alto que puder. O Seu Vagner já sabe há mais de uma década o que deve fazer quando o sol se põe.

Levantar-se e apagar a lua.

Obrigado por isso, Seu Vagner.
De verdade.

17.3.12

MAIS DO MESMO


Eu sou o Rubens Edwald Filho de mim mesmo.


Eu não entendo nada de filme, mas entendo do meu gosto, apesar de ser um pouco estranho na maioria do tempo. Zapeando a televisão ano passado, passei por um e acabei ficando, pois achei a história absurdamente irreal, e queria entendê-la. Eis que um ano depois eu consigo o filme novamente e o revejo, entre um trabalho e outro. E, para minha surpresa, ele continuou sendo absurdamente irreal. 

Com o título em português como "Triângulo do Medo", nome, aliás péssimo e pouco convidativo, a história passa-se em um navio em alto mar. Um grupo de amigos sai para velejar, encontra uma tempestade, sobrevive e acaba chegando em um navio que parece ter aparecido do nada. Clichê, né? Bom, até uns 20 minutos você tem a clara sensação que vai dormir se a história continuar nesse ritmo. E aí, amigão, tudo muda. O roteiro é tão bem elaborado, que o seu sono vai embora em segundos, e você passa a prestar atenção à cada detalhe para entender o que está acontecendo dentro da história.


Tudo bem que o filme não é nenhuma Brastemp, mas eu achei a proposta muito boa. Principalmente por fazer com que quem o assista fique com uma cara de paisagem achando que entendeu tudo, que manja muito de filmes, e aí, pluft, nada. A história começa tudo de novo, mas vista sobre outra ótica.

Eu não entendo nada de filme, mas entendo do meu gosto, apesar de ser um pouco estranho na maioria do tempo. Zapeando a televisão ano passado, passei por um e acabei ficando, pois achei a história absurdamente irreal, e queria entendê-la. Eis que um ano depois eu consigo o filme novamente e o revejo, entre um trabalho e outro. E, para minha surpresa, ele continuou sendo absurdamente irreal.

Tudo bem que o filme não é nenhuma Brastemp, mas eu achei a proposta muito boa. Principalmente por fazer com que quem o assista fique com uma cara de paisagem achando que entendeu tudo, que manja muito de filmes, e aí, pluft, nada. A história começa tudo de novo, mas vista sobre outra ótica.

Com o título em português como "Triângulo do Medo", nome, aliás péssimo e pouco convidativo, a história passa-se em um navio em alto mar. Um grupo de amigos sai para velejar, encontra uma tempestade, sobrevive e acaba chegando em um navio que parece ter aparecido do nada. Clichê, né? Bom, até uns 20 minutos você tem a clara sensação que vai dormir se a história continuar nesse ritmo. E aí, amigão, tudo muda. O roteiro é tão bem elaborado, que o seu sono vai embora em segundos, e você passa a prestar atenção à cada detalhe para entender o que está acontecendo dentro da história.


Ele tem um quê de "Feitiço do Tempo", outro filme muito legal pra ver, (Clique aqui para o trailler), mas é no sentido de trabalhar com a repetição e como essa mudança de visão e postura de um personagem interfere em toda a história, mas as coincidências param aí pra mim.

Claro que não vou contar o filme, muito menos seu final, se é que existe um final para ele, mas o desfecho é a parte mais genial da história. Quando o vi de novo me lembrei muito dos instantes finais de "Terror em Silent Hill" (aqui tem o trailler), que também acho muito bom, mas as histórias são diferentes.
ou não.

Para ler uma crítica de verdade sobre "Triângulo do Medo" clique aqui.

16.3.12

CINEMA #2 ED SÁRT ARP FRENTE!

Segundo encontro do Curso de Cinema da Escola São Paulo. Entre chuvas e risos, sobreviveram todos à essa primeira semana de aula. Expectativa pra saber o que vem por aí, mas por terça e quinta-feira dá pra sentir que a gente vai se divertir e trabalhar muito. Não necessariamente nessa mesma ordem. Aliás, não necessariamente as duas coisas.

     

O grupo é ótimo: espirituoso, divertido, eterogêneo. Uma mistura muito bacana que bota na mesma sala, e nas mesmas expectativas, gente de profissões tão distintas, mas de amores em comun: roteiro, luz, direção... A expectativa é a maior e melhor possível, pois acho que podem nascer amizades inspiradoras nesse grupo. De verdade. Tem uma vibe ótima, que faz a gente subir a Rua Augusta, 22h50, brincando e cantando - na chuva, como se nos conhecéssemos há tempos. Na verdade esse foi o segundo encontro apenas. Viva!

Às quintas-feiras as aulas são mais práticas e ficam à cargo do Bruno Carneiro, coordenador e responsável por essa costura teorica - técnica do curso de cinema. Na quinta, além de lançar o desafio de já começar a pensar em um curta metragem que faremos no segundo semestre, conversamos muito sobre essa descontrução do produto filme. Quais são os profissionais envolvidos na criação de um filme como o Cidade de Deus, por exemplo? Toda vez que eu vejo eu penso: poxa, mas só o diretor ganha a fama? Mas tem tanta gente envolvida pra fazer essa história acontecer, né? Nessa aula pude entender um pouco mais sobre esses outros "alguéns" que fazem um filme sair da cabeça do diretor e ganhar forma nas telas de cinema.




E quanta gente, né? Incrível. E pensar que tem filme que é ruim pacas quando a gente vê e pensa: nossa, quem horrível isso. É como se a gente dissesse para 200 ou 300 pessoas que "cara, teu trabalho ficou zuado. Na moral...". Mas ao mesmo tempo é legar saber que o som, por exemplo, é uma das partes mais espetacules de um filme. Sem um áudio de boa qualidade, o filme torna-se inassistível. Ah, e também aprendi com o Pedro que existe um cara que só cuida do foco da câmera. Cara, um mano que só cuida do foco! Nunca imaginei que existisse isso. Em tempo, o Pedro quer se especializar nisso. Whattt, Pedro?!?!?!

A turma é ou não é especial e promissora? Gente querida! Curti muito!

Próxima aula de Historia do Cinema na terça-feira, dia 19. Para ela será preciso assistir:



(filme completo)

Já para a quinta-feira, 22, a dica é:



Algumas das coisas contadas em sala de aula pelo Bruno podem ser encontradas aqui.

Já as informações oferecidas pela Carolina Pedrosa, sobre fotografia, uma apresentação dos recursos de imagem pode ser conferidas
aqui.


15.3.12

CO-PENSAR?

A ideia é simples e não requer prática nem tampouco habilidade. O Jornal Cidadania , ligado à Fundação Cásper Líbero, me fez um convite (aliás, muito grato a eles) super legal. A ideia era que eu fizesse um artigo, inicialmente falando sobre o trabalho de uso de Tecnologias de Informação e Comunicação - TICs no processo de aprendizagem. Daí, me veio uma ideia à cabeça que podemos tentar. E quero convidar algumas pessoas a isso. É assim: ao invés de o Tony escrever o artigo, somente, eu quero convidar alguns amigos queridos a co-criá-lo junto comigo. 

Na prática vai ser assim: eu vou escrever algumas linhas sobre como um trabalho em rede pode ajudar a transformar as coisas, mudar processos, enfim, gerar algum tipo de mudança na sociedade. Nessa, vou convidar uma pessoa para continuar esse texto junto comigo. Se ela topar, ela continua escrevendo. É importante cuidar para que o raciocínio tenha uma lineridade, mas, ali, no seu trecho, é você escrevendo. Pode colocar os seus conhecimentos, suas ideias, o que você quiser, desde que esteja dentro do tema proposto.

Depois que essa pessoa escrever ele deve procurar um amigo que, na visão dela, vai contribuir com o artigo, o enriquecendo com ideias, visões, enfim, o tornando mais rico. Importante: essa pessoa escolhida, e todas as demais, precisam ser ativas na internet e no Facebook, senão a corrente para. Teremos pouco tempo e ela precisa contribuir rapidamente e fazer a roda girar, convidando uma outra nova pessoa.

Tudo entendido? Dúvidas?

Desafios:
- Não deixar a rede parar: sempre convidar pessoas ativas na rede, com presença no Facebook, para que ela possa escrever a parte dela o quanto antes.

- Vai ser preciso cuidar de sua parte na escrita, pois todos tem que ter seu espaço de escrita. Se você escreve muito, alguém vai ficar de fora.
- Apenas 2 mil caracteres: infelizmente, é esse o tamanho do espaço que teremos. Nem mais, nem menos. Ou seja, quando chegar nos dois mil toques, o artigo terá que ser encerrado.

- Você deve colocar sua essencia na escrita, mas ela não pode variar tanto em forma e conteúdo, pois precisamos criar uma linearidade no texto. Se um falar de arroz e outro de feijão, ai não vai rolar. Fechou?

- Depois de escrever a sua parte, escolha com muito cuidado e carinho, e amor e atenção, quem vai continuar a escrever. Não esqueça: ele deve ser uma pessoa com acesso facil e constante à rede.
- Prazo: temos até o domingo à noite para que todos dêem suas contribuições!

- Não esqueça: coloque seu nome completo e profissão depois de escrever sua parte.

- Toda a construção desse artigo irá acontecer no Facebook.

E a última de todas: esse é um grande desafio no sentido de colaboração. Se não funcionar, se não rolar, tudo bem. O desafio, ao menos, foi aceito. E não vamos nos sentir frustrados.

Veja alguns artigos publicados no Jornal Cidadania.
http://cidadania.fcl.com.br/muito-alem-de-belo-monte

SOBRE FUTEBOL E COMUNICAÇÃO

Como diz o Marcelo Tas, quando a gente cria um blog acabamos virando Roberto Marinho de nós mesmos. Faz sentido. Se bem que o que tem rolando de Almicares aí...


Essa semana eu vi uma chamada produzida pela comunicação do Real Madrid que achei bem legal. Nela, Casillas, Higuín entre outros, convidavam os torcedores a irem ao Santiago apoiarem o Real no jogo de volta pela Liga dos Campeões contra o CSKA. O time de Cristiano Ronaldo venceu por 4x1. O vídeo é simples, apesar de querer ser meio poético.


Abaixo, e veja.



E aí, quando vi o filme eu pensei: cara, algum dia os clubes brasileiros vão cuidar mais de sua comunicação institucional? Será que algum dia teremos, numa semana de Libertadores ou jogo decisivo do Brasileirão, um filme parecido com esse? Ou, sei lá, uma ação de comunicação interessante nesse sentido? Claro, eu não sou jornalista esportivo e não sei do dia a dia, mas sempre tenho a impressão que os clubes criam uma assessoria de imprensa e pronto. Já acham que isso é suficiente. Afinal e contas, vão viver por demandas, mas não de forma criativa, criando ações com o marketing.
Quando o Flamengo - Minha Vida, Meu Amor, fechou a parceria com a Olympykus, me lembro, rolou um comercial no intervalo da novela das 21h. Acho que foi só para o Rio, pois eu estava na Globo Rio, mas achei a ação super legal. No intervalo da novela, um comercial pra contar pra todo mundo que ela passava a ser a marca oficial do clube? Poxa, legal, né?

Clique abaixo pra ver.



Mas, fora isso, e um ou outro vídeo, campanha, os clubes / patrocinadores investem nesse tipo de comunicação no Brasil? Isso é uma pergunta, pois eu realmente não acompanho tão de perto. É só uma percepção minha que eles não fazem tanto. 
Aqui no Brasil eu gosto muito da comunicação do Santos. Ano passado, durante o Mundial, eles fizeram várias coisas legais nas redes sociais para aproximar o torcedor do clube. Até os treinos abertos eram gerados, ao vivo, via Youtube, pra rede. Gosto mesmo disso.Na época do Ronaldo, o Corinthians também fez muito coisa legal.

A mesma Olympykus, acho que ontem, fez um comercial com o Roger - cada um tem o craque que merece - para lançar a nova camisa do Cruzeiro. Tudo bem que o comercial não é nenhuma Brastemp, mas a iniciativa é bacana.






E a pergunta fica: um dia teremos comunicação institucional de clube de futebol mais ativa que passiva?


Em tempo, se o seu time, assim como o meu, tem logomarca do BMG, aqui vai um dica para sumir de vez com essa parada laranja gigante na sua camisa. Agora, vai ficar daquele jeito maravilhoso, né...



14.3.12

OFICINA DE CINEMA #1

Como é divertido desaprender para aprender tudo de novo, né? Não desaprender o que já aprendemos, mas desamprender a aprender, e criar novas formas, novas maneiras, novos caminhos de colocar o que se preste dentro da nossa cabeça. Ontem foi primeira aula com Cássio Starling Carlos, professor de História do Cinema nessa empreitada que é o curso "1 Ano de Cinema: Do olhar ao curta-metragem". Até havia me esquecido como era essa coisa de estudar, de ficar 2, 3 horas lá, ouvindo e pensando, não vendo a hora de botar tudo aquilo em prática, de transformar conhecimento em produtos. E olha que ainda estávamos na História do Cinema...

Entre vários conceitos e muitas histórias, uma boa Fanta Uva, uma Rua Augusta vazia de gente de sã, pudemos ver trechos de produções muito antigas. De 1895, uma sequência de filmetes dos Irmãos Lumière, as primeiras experiências do que a gente hoje vê com óculos 3D da Disney. Cássio contou tanta coisa, que não dá para colocar aqui. Faça o curso. É bacanudo.

La sortie de l'usine Lumière à Lyon

L'homme a la tête en caoutchouc

L'arrivée d'un train à La Ciotat

Baby's lunch

Partie de Cartes



Démolition d' un mur



Pouco tempo depois, em 1902, foi a vez de Georges Méliès fazer experimentações.  O Cassio trouxe pra gente uma versão restaurada e colorida do "Viagem à Lua", mas não consigo encontrar na internet. Acho que ainda não está disponível. Essa nova versão foi produzida graças à uma doação de um apaixonado por cinema, que ninguém conseguiu identificar ainda, mas que entregou uma cópia colorida do filme, restaurada pela Technicolor e exibida pela primeira vez no Festival de Cannes, ano passado, 109 anos de seu primeiro lançamento.

Aqui, uma versão das muitas que rolam na internet.

Mais conversa, mais boas histórias, e mais um filme. Dessa vez do norte-americano David Llewelyn Wark Griffith - D. W. Griffith. Contou o Cássio, que a gente pode observar bem essa produçao de 1911, pois a estrutura da construção dramática do cinema norte-americano, até hoje, se baseia e muito nesse filme. Que engraçado, né? Eu sempre penso que a História, aquela com H, é construída como se fosse um passe de mágica. Será que o D. W. Griffith sabia que o jeito de ele fazer esse filme iria ajudar a construir uma forma de se contar histórias? Será que estamos construindo, agora, formas de se fazer coisas no futuro, e as pessoas vão lembrar da gente como eu estou lembrando agora do D. W. Griffith?

Luz, câmera, filme.

Turma bonita, turma bacana, e vamos que vamos que até o começo de dezembro tem chão, tem filme.

Tiago Luiz, parceiro de curso e pessoa que gosto bastante, juntamente com quem vos escreve essas tão mal traçadas linhas já deixamos uma dica importantíssima: não compre lanches em qualquer um dos bares da Rua Augusta sentido bairro. Eles vem com Césio 137. Eu fui testemunha e vítima de um deles.


Quer saber mais sobre a Oficina de Cinema? Clique aqui.
Quer saber mais sobre D. W. Griffith, então clique aqui.
Quer saber mais sobre Irmãos Lumière, então clique aqui.
Leia sobre a copia restaurada de "Viagem à Lua" clicando aqui.

13.3.12

QUAL É A CARA DO TERROR?


Acho que essa vale a pena. A fotógrafa britânica Lalage Snow fez um trabalho interesante com integrantes do exército escocês que estão em serviço no Afeganistão. Contam as matérias que Lalage fez uma série de entrevistas e registrou em imagens os soldados que foram para o Primeiro Batalhão do Regimento Real da Escócia em três momentos: antes de eles irem pro Afeganistão; três meses depois de chegarem por lá e dias depois de voltarem à Escócia.

Tanto nas entrevistas quanto nas fotografias, a ideia era buscar como uma guerra como essa transforma as pessoas que participam dela. Interessante a proposta e a execução. Nem tanto 8, nem tanto 80, mas é interessante.

 

Mais sobre isso na BBC Brasil clicando aqui.
E também no Portal do UOL clicando aqui.

12.3.12

3º, 2º, 1º, Terra

A dúvida que paira é: ter opinião própria é pleonasmo?  Já que uma opinião que não seja própria é, na verdade, repetição de algo?!

Essa semana a Rosana Hermann (minha web inspiration) postou um vídeo que achei sensacional. Tratava-se de uma experiência sobre a "psicologia da conformidade", gravada num elevador, em 1962. Nela, um grupo de atores / pesquisadores entrava no mesmo elevador que outra pessoa que não sabia que todos se conheciam, menos ela.  Ficou claro?  É tipo uma pegadinha do Ivo Hollanda, com atores e alguém que não sabe de nada participando de tudo.

Entre uma subida e outra do elevador, o grupo de atores se comporta de uma determinada maneira, mudando de lugar, de posição, enfim, sempre fazendo um gesto de forma coletiva para ver se a pessoa que estava li de paraquedas iria ou não se dar por vencido e, mesmo não entendo muito o motivo, repetir aquela determinada ação. Olha so que piração o resultado dessa experiência.


Por qual motivo a gente abre mão de nossa experiência pessoal de poder viver algo de maneira única, apenas por conta de um determinado grupo pensar dessa ou daquela maneira, e nos sentirmos obrigados a pensar igual para não fugirmos do padrão? Pois quem foge do padrão, quem continua olhando pra frente enquanto todos olham pro lado, certamente vai chamar a atenção. E parece que nunca antes na história desse mundo a gente quis passar tão de fininho como agora.
Estamos no elevador? Se sim, o térreo, por favor.

Mas, como tudo na vida tem o lado A e o lado B, há outras formas de usar o melhor de quem está ao nosso lado. O que tem aparecido de experiências colaborativas interessantes não tá escrito. Catarse e Benfeitoria, duas ideias bem legais, já são mais que conhecidas na área de buscar a sua rede para te apoiar a fazer acontecer projetos pessoais. Então, quero compartilhar outra experiência que achei muito bacana. É o Nós.Vc. Através dessa plataforma, você pode oferecer o que quiser e souber e pedir para aprender o que quiser e lhe der na telha. Sim, sim, qualquer coisa mesmo. O Nós.Vc é uma plataforma de Crowdlearning. Vale muito a pena conhecer essa escola sem muros.

   

Se liga:
Postagem da Rosana Hermann sobre o tema aqui.
Sobre o Brain Pickings aqui.
Página do Nós.vc aqui.

11.3.12

LUZ, CÂMERA E AÇÃO!

Nunca antes na história desse país, diria o poeta, eu assisti a tantos filmes em uma mesma semana. E a coincidência começa aí. Entre os dias 4 e 10 foram 12 produções diferentes. Alguns desses filmes eu revisitei, como foi o caso de Tropa de Elite 2 (por absoluta necessidade de reforçar que o "sistema, parceiro...o sistema é foda), mas os outros  eu vi pela primeira vez. Conheci, na verdade. Me lembrei de quando comecei a fazer oficinas de cinema, lá por 2002 ou 2003, com meu eterno edukator Renato Alves. Ele é um apaixonado e profundo conhecedor do cinema.

E foi com ele que comecei a prestar mais atenção em como um filme é feito, as etapas, etc. Confesso que talvez não tenha aprendido tudo que ele ensinou, mas uma certeza é certeza, o gosto pela sétima arte eu ganhei. Prova disso são os mais de 150 filmes que estão em minhas estantes em casa, que vira e mexe eu dou uma olhadinha. Mas o legal mesmo é ver coisa nova. Por isso me cadastrei no NetMovies (recomendo!), que me permite ver filmes on line e me entrega até 26 filmes por mês em casa, a minha escolha.

E dizer isso tudo para quê? Na próxima terça-feira volto, enfim, a estudar. O curso chama-se  Do olhar ao Curta-Metragem e acontece na Escola São Paulo, ali na Rua Augusta. Entre os professores Cássio Starling Carlos, Di Moretti, Lina Chamie, Eduardo Santos Mendes, Louis Robin e Laís Bodanzky, além de palestrantes como Marcelo Tas, entre outros. Bom, né?

Para comemorar essa nova fase, fui buscar o filme que mais me lembra as aulas do Renato até hoje. Ele passou esse filme pra gente tem tanto, tanto tempo, e me lembro como se fosse hoje. A nossa cara de espanto, como quem diz: cara, sério que acharam isso bom um dia? E hoje cá estamos nós, reivetando o paint para fazer animação e ganhar dinheiro.




Sobre o curso de cinema clique aqui.
O Renato tem um blog super bacana de cinema. Olha aqui.
Não conhece o NetMovies? Ó.

KONY 70 MILHÕES?

A cada 10 atualizações da minha timeline do Facebook essa semana, 5 tinham o nome "Kony 2012" e o viral produzido pela Invisible Children, organização não governamental que promove o cuidado com os direitos das crianças em todo o mundo. Jogado nas redes sociais no dia 5 de março, ontem, dia 10, já havia passado de 70 milhões de visualizações no Youtube. Quer comparar? A famosa Susan Boyle, fenômeno da web, conseguiu ter esse mesmo número de visualizações com 6 dias. Ou seja, se Susan tem o vídeo considerado o visto mais rapidamente da internet, "Kony 212" já tomou essa posição. E sobre o quê fala esse tal filme?

Joseph Kony é considerado um dos criminosos de guerra mais procurado do mundo. Kony é líder do Lord’s Resistance Army, um grupo terrorista de Uganda, que ficou conhecido por sequestrar garotos, os transformando em guerrilheiros. Como o seu rosto não era muito conhecido no mundo, dizem os sites, Kony conseguiu fugir muito facilmente entre os países africanos sem ser incomodado. Ou sem ser muito incomodado.

Se você também quer ver o filme de pouco mais de 30 minutos é só clicar abaixo. A rede, sempre ela, já tratou de conseguir traduzir o documentário para o português.




Agora, seria legal ler esse artigo antes de sair compartilhando nas redes sociais. Ele conta alguns outros lados sobre a história de "Kony 2012". E tem um trecho assim.
"
As redes sociais são uma forma incrível para distribuir e compartilhar informação, mas elas não dispensam as pessoas da responsabilidade de fazer sua própria pesquisa ao invés de somente acreditar em qualquer coisa que eles veem em um vídeo porque todos os seus amigos gostaram dele".
Clique aqui para ler o artigo.

Outro material legal é esse escrito pelo Carlos Castilho para o Observatório da Imprensa. Ele trata o modo como a mídia do mundo vai tratando o caso. Clique aqui e leia.