14.3.12

OFICINA DE CINEMA #1

Como é divertido desaprender para aprender tudo de novo, né? Não desaprender o que já aprendemos, mas desamprender a aprender, e criar novas formas, novas maneiras, novos caminhos de colocar o que se preste dentro da nossa cabeça. Ontem foi primeira aula com Cássio Starling Carlos, professor de História do Cinema nessa empreitada que é o curso "1 Ano de Cinema: Do olhar ao curta-metragem". Até havia me esquecido como era essa coisa de estudar, de ficar 2, 3 horas lá, ouvindo e pensando, não vendo a hora de botar tudo aquilo em prática, de transformar conhecimento em produtos. E olha que ainda estávamos na História do Cinema...

Entre vários conceitos e muitas histórias, uma boa Fanta Uva, uma Rua Augusta vazia de gente de sã, pudemos ver trechos de produções muito antigas. De 1895, uma sequência de filmetes dos Irmãos Lumière, as primeiras experiências do que a gente hoje vê com óculos 3D da Disney. Cássio contou tanta coisa, que não dá para colocar aqui. Faça o curso. É bacanudo.

La sortie de l'usine Lumière à Lyon

L'homme a la tête en caoutchouc

L'arrivée d'un train à La Ciotat

Baby's lunch

Partie de Cartes



Démolition d' un mur



Pouco tempo depois, em 1902, foi a vez de Georges Méliès fazer experimentações.  O Cassio trouxe pra gente uma versão restaurada e colorida do "Viagem à Lua", mas não consigo encontrar na internet. Acho que ainda não está disponível. Essa nova versão foi produzida graças à uma doação de um apaixonado por cinema, que ninguém conseguiu identificar ainda, mas que entregou uma cópia colorida do filme, restaurada pela Technicolor e exibida pela primeira vez no Festival de Cannes, ano passado, 109 anos de seu primeiro lançamento.

Aqui, uma versão das muitas que rolam na internet.

Mais conversa, mais boas histórias, e mais um filme. Dessa vez do norte-americano David Llewelyn Wark Griffith - D. W. Griffith. Contou o Cássio, que a gente pode observar bem essa produçao de 1911, pois a estrutura da construção dramática do cinema norte-americano, até hoje, se baseia e muito nesse filme. Que engraçado, né? Eu sempre penso que a História, aquela com H, é construída como se fosse um passe de mágica. Será que o D. W. Griffith sabia que o jeito de ele fazer esse filme iria ajudar a construir uma forma de se contar histórias? Será que estamos construindo, agora, formas de se fazer coisas no futuro, e as pessoas vão lembrar da gente como eu estou lembrando agora do D. W. Griffith?

Luz, câmera, filme.

Turma bonita, turma bacana, e vamos que vamos que até o começo de dezembro tem chão, tem filme.

Tiago Luiz, parceiro de curso e pessoa que gosto bastante, juntamente com quem vos escreve essas tão mal traçadas linhas já deixamos uma dica importantíssima: não compre lanches em qualquer um dos bares da Rua Augusta sentido bairro. Eles vem com Césio 137. Eu fui testemunha e vítima de um deles.


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